"Ex libris" significa "dos livros de", é também uma vinheta que se cola nos livros com o nome do proprietário. O BITS, Grupo de Pesquisa Informação, Cultura e Práticas Sociais, é a vinheta sob a qual discutimos interesses diversos ligados às Ciências Humanas e realizamos nossas leituras sobre o mundo atual. Reforçamos aqui este caráter de buscador de conhecimentos, de reflexões sobre o mundo e a vida nessa sociedade digital.

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segunda-feira, julho 26, 2010

Revista Cult » Freud e a teoria social

Revista Cult » Freud e a teoria social

Freud e a teoria social

O patológico fornece a visibilidade do que está em jogo nas condutas sociais gerais
Publicado em 22 de junho de 2010

Sofrimento: os sujeitos devem estabelecer um compromisso entre suas exigências de satisfação e o que é socialmente permitido
Vladimir Safatle
Freud é um autor fundamental no esforço de constituir um campo de reflexão sobre a modernidade. O recurso a ele foi uma constante em várias correntes de pensamento do século 20 e a razão para tal constância era evidente: longe de se colocar apenas como uma clínica do sofrimento psíquico, a psicanálise freudiana procurou, desde seu início, ser reconhecida também como teoria das produções culturais para desvendar a maneira com que sujeitos mobilizam sistemas de crenças, afetos, desejos e interesses para legitimar modos de integração a vínculos sociopolíticos. Freud afirmava que “mesmo a sociologia, que trata do comportamento dos homens em sociedade, não pode ser nada mais que psicologia aplicada. Em última instância, só há duas ciências, a psicologia, pura e aplicada, e a ciência da natureza”.

sexta-feira, março 05, 2010

O mal–estar na civilização

FREUD, Sigmund. O mal-estar da civilização. Rio de Janeiro: Imago, 1997

Neste texto Freud começa por tratar de uma questão posta por um amigo que é a do “sentimento oceânico”, uma sensação de eternidade, de algo ilimitado e sem fronteiras. Ele passa a discutir a validade do sentimento religioso (p. 131).
“Não é fácil lidar cientificamente com sentimentos” (p. 132).
Freud diz que com esse sentimento denominado “oceânico” se quer falar sobre o sentimento de um vínculo indissolúvel, de unidade com o mundo externo, mas não acha que se trate de um sentimento de natureza primária, um sentimento imediato.
Existe uma coisa de que podemos estar certos, segundo Freud, é o de nosso eu, nosso ego (p.132). Exteriormente, o ego parece ser claramente delimitado, mas no enamoramento e em alguns estados patológicos a fronteira entre o ego e o mundo externo se torna incerta. Desse modo, o sentimento de nosso próprio ego pode sofrer distúrbios e suas fronteiras não são permanentes.