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quinta-feira, março 04, 2010

Civilisation x Kultur - Introdução de O Processo Civilizador de Elias

• França – burgueses assumiram costumes e tradições aristocráticos.
• Burguesia francesa e classes médias foram absorvidas pelo círculo da corte.
• Alemãs de classe média identificaram os costumes corteses franceses como o próprio caráter nacional francês e julgaram esse comportamento como de segunda classe e incompatível com sua própria “estrutura afetiva”. (p.52)
• Paradoxo político – França, funcionalismo público era ocupado pelos burgueses, isso ajudou a quebrar a força da nobreza neste país. Na Alemanha eram ocupados por aristocratas. Aqui, a burguesia não tinha um poder econômico tão forte quanto na França e havia uma maior separação entre classe média e aristocracia de corte. (p.53)
• Conceito francês de Civilisation – opiniões cultas a respeito do que seria civilização “suavização de maneiras, urbanidade, polidez e difusão do conhecimento de tal modo que inclua o decoro no lugar de leis detalhadas” [semelhança com o que se dizia na Alemanha com os costumes da corte]. Vinculação do homem civilizado ao homem da corte. (p.54)
• “Polidez” e “civilidade” teriam praticamente a mesma função da noção de civilização: “expressar a auto imagem da classe alta européia em comparação com outros, que seus membros consideravam mais simples ou mais primitivos, e ao mesmo tempo caracterizar o tipo específico de comportamento através do qual essa classe se sentia diferente de todos aqueles que julgava mais simples e mais primitivos.” (p.54).
• A crítica dos fisiocratas, porém, da noção francesa de civilização e moderada, não tendo tanta ressonância na ordem dominante dos valores e permanece dentro do contexto do sistema social vigente – é a crítica de um reformador. Os intelectuais da corte francesa desejam melhorar, modificar, adaptar. (p.55)